Biografia
Jhonatan Santos iniciou os estudos de viola de arco sob a orientação do violista Jairo Chaves, em 2005. No mesmo ano, começou a estagiar na Orquestra Sinfônica da Universidade Estadual de Londrina – OSUEL – e ingressou como chefe de naipe na Orquestra Jovem da mesma instituição, dando início aos estudos e experiência com o repertório orquestral e se apresentando como solista com os concertos de C. P. Telemann e C. P. Stamitz para viola e orquestra. Além das aulas regulares, participou de diversos festivais pelo Brasil, como o Festival de Música de Santa Catarina e o Festival de Inverno de Campos do Jordão, onde teve aulas com Ori Kam, Hartmut Rohde e Pinchas Zukerman.
Profissionalizou-se aos 18 anos, quando foi aprovado para a posição de viola tutti na Orquestra Sinfônica da Bahia – OSBA. Na mesma época, passou também a atuar como professor no programa NEOJIBA (Núcleos Estaduais de Orquestra Juvenis e Infantis da Bahia), onde teve a sua primeira experiência em sala de aula. Foi nesse momento que a prática pedagógica passou a ser parte da sua história profissional com a viola.
Em 2011, foi finalista do 14° Concurso Nacional de Cordas Paulo Bosísio e, em 2012, assumiu as posições de assistente de chefe de naipe na OSBA, chefe de naipe na Orquestra Juvenil da Bahia e a vaga de coordenador pedagógico da classe de violas do programa NEOJIBA. Como músico convidado, participou de diversos concertos com a Orquestra de Câmara de Salvador – OCSAL -, Orquestra Sinfônica da Universidade Federal da Bahia – OSUFBA - e no grupo Câmará Essemble, com um trabalho voltado para formações experimentais da música contemporânea.
Dentre tantos repertórios e concertos nessas orquestras, esteve em três turnês internacionais (Europa e Estados Unidos), intercâmbios artísticos (Venezuela e Londres) e diversos concertos pelo Brasil, dividindo o palco com solistas como Marta Argerich, Midori Coto, Edcson Ruiz, Maxim Vengerov, Gil Sharam, Nelson Freire, Maria João Pires, Antonio Menezes e Ricardo Castro. Com foco na linguagem da música popular brasileira, tocou e gravou com artistas como Ivete Sangalo, Gilberto Gil, Monica de San Galo, Maria Bethânia, Vanessa da Mata, Carlinhos Brown e Elomar.
A convite do Ǫuinteto de Cordas Catarinense, foi violista da formação no concerto de lançamento do álbum “Ǫuinteto de Cordas Catarinense interpreta Astor Piazzolla”, além de ter participado como músico convidado em concertos da Orquestra Filarmonia de Santa Catarina e da Orquestra de Câmara Solistas de Londrina. De 2013 a 2016, foi membro do Ǫuarteto de Cordas Carybé, formado pelos chefes de naipe da Orquestra Juvenil da Bahia.
Como coordenador pedagógico da classe de violas do NEOJIBA, esteve à frente da evolução metodológica do programa através do direcionamento dos monitores e professores de viola atuantes na rede e a formatação de um método de viola para o ensino do instrumento, abrangendo estudos para alunos do nível iniciante até o avançado, método esse aplicado em todos os núcleos do programa até os dias atuais.
Em 2017, retornou a Londrina para fundar uma escola especializada em prática camerística e ensino focado em cordas friccionadas, a Bravi Academia Orquestral, que desde então possui uma temporada sólida de concertos e gere a Orquestra Acadêmica Bravi, além de aulas de instrumento e práticas camerísticas.
Como diretor artístico e maestro dos concertos da temporada, as orquestras da Bravi Academia Orquestral interpretaram diferentes níveis de repertórios, desde arranjos e adaptações de músicas infantis, obras intermediárias até composições da literatura tradicional desta formação como Árias e Danças Antigas, do compositor Ottorino Respighi, Suite St Paul’s, do compositor Gustav Holst e As Ǫuatro Estações, de Vivaldi, com solo do violinista Elio Orio. Em 2020, foi aluno ativo do curso de regência da OSUEL, ministrado pelo maestro Alessandro Sangiorgi, regendo o 4° movimento da Sinfonia n° 41 de W. A. Mozart.
Frente à Orquestra Acadêmica Bravi, realizou gravações de trilhas sonoras para os longas metragens, “Marte Um”, do diretor Cabriel Martins, “Jesus Kid”, do diretor Aly Muritiba, e “Calvário”, do diretor Marcio Darocha, ambas as trilhas escritas pelo compositor Daniel Simitan. Fruto dessa parceria, nasceu o projeto fonográfico “Londrina em Ǫuatro Atos”, um concerto com obras lítero-musicais que contou com poemas narrativos inéditos do escritor Renato Forin Jr., composições dos poemas sinfônicos por Daniel Simitan e Erisla Pastore e execução da Orquestra Acadêmica Bravi, sob a direção artística e regência de Jhonatan Santos.
Em 2019, circulou com o concerto solo "Bach, uma Viola e os Séculos", um concerto que propõe a exposição de obras para viola solo transpondo a linha temporal artística dos séculos XVIII, XIX e XX. Já em 2021, registrou a obra para viola solo e orquestra de George Philippe Telemann, o concerto em sol maior com a Orquestra Acadêmica Bravi, e, em 2022, gravou seu primeiro álbum solo, chamado “Um Café com Palaschko”, que traz a estreia mundial do registro fonográfico dos 24 estudos para viola solo do compositor alemão Johannes Palaschko em seu opus 86.
Esteve como professor nas 39° e 40° edições do Festival Internacional de Música de Londrina - FIML -, com coordenação de Magali Kleber e Marco Antônio de Almeida, trabalhando com a classe de violas, violinos e coordenação da camerata de cordas dos alunos intermediários do festival.
Nas plataformas virtuais, Jhonatan realiza um trabalho pioneiro para pessoas que desejam aprender e se especializar em viola de arco desde 2020. São centenas de videoaulas, métodos, materiais e partituras disponibilizadas gratuitamente em suas redes sociais, grupos e comunidades, com o objetivo de acessibilizar e possibilitar que todos possam ter um aprendizado efetivo no instrumento.
Dessas iniciativas digitais, nasceram os primeiros cursos formativos para viola de arco, o “Viola do Zero” e o “Viola na Mão”, que com uma metodologia própria, oferece acompanhamento pedagógico para violistas de todos os níveis e de todos os cantos do Brasil e do mundo. Já são quase 200 alunos matriculados em seus cursos online, com uma expansão exponencial de alunos que comprova a eficiência de uma nova realidade, isenta de fronteiras, para consolidar e difundir o aprendizado violístico.
Desde 2023, é professor de viola, violino e dos grupos orquestrais na Academia Filarmônica Brasileira Musicarium, em Joinville, e, em julho de 2023, foi convidado para ministrar a capacitação de ensino de viola para os professores do Projeto Guri, em São Paulo.